As vezes sinto que minha forças acabaram,
Que minha paciencia nunca existiu,
Sinto que nado contra a correnteza,
Lutando uma batalha já perdida.
O meio seleciona os "fortes",
E eu tento me adaptar, me ajustar, ser forte...
Quanto mais tento provar minha força,
Mais convicta fico de minha crescente fraqueza.
Me sinto como Sísifo,
Subindo a montanha com uma imensa pedra,
E quando ao topo chego, a pedra rola morro abaixo,
Me levando junto com ela para o pé da montanha...
E assim vivo subindo e descendo,
A montanha da vida,
Ora carregando os problemas,
E oras sendo arrastada por eles.
Quando tento me aproximar sinto que me distancio,
E se estática fico, algo vêm e me atropela,
Não sei o que fazer... como agir, voltar ou seguir
E assim vou seguindo rumo ao desconhecido.
Quanto mais tento compriender mais incompriendida sou,
Quanto mais tento aprender, mais ignorante me torno,
Procuro o máximo, mas só acho o minímo,
Penso que enxergo tudo, mas vivo de apalpar no denso escuro.
Quando penso que estou bem,
É sinal que pensei em demasia,
Pois tão rápido quanto o pensar
O bem instantaneamente se dilui...
Pior é quando penso que não tem como piorar,
Mas o pior sempre acha um espaço, uma brecha...
E se não acha ele força, arrebenta com tudo,
E se apodera, se instala!
Mas não há porque parar, afinal sou teimosa por natureza,
E brasileira com muito orgulho (orgulho ferido)
Afinal ser brasileira é ser participante de um Brasil,
Bom e ruim, corrupto e correto, lindo e feio....
Tudo é uma grande contradição, uma grande confusão
É tudo tão confuso, que já nem sei o que ou porque escrevo,
Acho que por falta ou excesso de idéias...
Ou simplemente por não ter nada melhor pra fazer!
Por: LRBueno.